A arte da liderança, por Rudof Giuliani - Parte 2

Após sua brilhante e energética palestra, houve então um talk-show entre o presidente da HSM com o ex-Prefeito de Nova York, e um dos mais bem sucedidos prefeitos da grande maçã. Neste talk show houve uma humanização desta pessoa maravilhosa, que iniciou com perguntas sobre sua infância, origem e formação. Transcrevo suas respostas como consegui anotar:

Nascido no Brooklyn de Nova York, fez duas escolas católicas para sua formação básica, de tal forma que a primeira profissão que pensou adotar foi padre. Seu pai foi a o desespero, mas um teste vocacional, no último ano do colegial, lhe indicou a direção ao direito. Onde ele formou-se e disse ser muito importante fazer algo que você goste de paixão, pois o fará para o resto da sua vida.

Então, ele tornou-se promotor público da cidade e já ali iniciou seu combate às máfias da cidade, prendendo diversos funcionários públicos ou tirando-os de seus cargos quando possível. Máfia, crimes do colarinho branco, até que concluiu que seu cargo não lhe permitiria fazer tudo que gostaria e decidiu que se tornaria prefeito, para continuar sua busca.

Perdeu sua primeira corrida à prefeitura, perdeu as primárias ao senado, mas ao invés de desistir, aprendia a cada derrota como continuar lutando, até lograr a prefeitura.

Quando perguntado sobre as maiores diferenças entre um político e um empresário hoje, ele respondeu que nenhuma nos dias de hoje. A política está nas empresas como as formações currículos e capacidade de trabalhar com recursos cada ano menores faz parte de um gestor público.

Hoje, o ex-prefeito é dono de uma empresa de direito, na Time Square e dono de uma empresa de gestão de crises, experiência aprendida com o atentado às torres gêmeas.

Sobre as torres, a inevitável pergunta, ele respondeu que estava numa padaria na manhã do ataque. Um policial entrou correndo enquanto ele tomava seu café e informou sobre um acidente, um avião havia se chocado numa das torres e um incêndio parecia alastrar-se. Ele então saiu correndo para fora da padaria e ao ver o céu azul de brigadeiro e olhar para a torre, ele imaginou estranho um acidente com aquele céu, pensou numa falha do avião, então imaginou que poderia ser um ataque terrorista, não seria o primeiro, em 1993 uma bomba explodiu num estacionamento subterrâneo próximo de onde ele trabalhava.

Já no pé da torre, próximo ao corpo de bombeiros que ficava ao lado dos edifícios, o segundo avião se choca com a torre norte e ele teve a certeza que era um ataque. Enquanto ele era retirado da área de perigo, ele chamava Washignton pedindo reforços aéreos e viu o que pareciam ser papéis e móveis caindo dos prédios. Apenas mais de perto ele viu que eram corpos.

Esta era uma situação que ele não havia simulado e que não sabia como resolver, não havia como sair da situação e estudar de fora o que acontecia, então ele seguiu seus instintos, ficou o tempo todo junto ao ponto de contato, trabalhou muito e foi criticado por ficar fora de seu gabinete tanto quanto foi elogiado, mas ele se sentiu útil e amigo alí, no meio da confusão e do perigo.

Este foi, sem dúvida, seu momento de virada e consolidação das pessoas que ele pensava ser e que definiram como ele seria pelo resto da sua vida. Foi quando sua liderança e reação foram testados ao limite. E esta foi sem dúvida uma palestra da qual jamais esquecerei.

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